Implementação da reprodução de Danio rerio em laboratório e produção de ovos para ensaios ecotoxicológicos

  • Autor
  • Victor Neudo Santos Tavares
  • Co-autores
  • José Rodrigo Maia Freitas , Aline Fernanda Campagna Fernandes
  • Resumo
  • No Brasil, a maior obrigatoriedade da utilização de testes ecotoxicológicos, se dá graças a resolução CONAMA 375 de 2005 referente a qualidade da água, onde em seus artigos XXI e XXII, define-se que os ensaios devem ser realizados para garantir que a qualidade de água se mantenha nos níveis adequados a sua respectiva utilização. Todavia, os níveis considerados apropriados para utilização humana, podem não refletir nos níveis ideais para a manutenção dos demais indivíduos da biota aquática. Em estudo ecotoxicológicos, o Danio rerio é bastante empregado como organismo-teste em virtude de sua grande sensibilidade a variados tipos de poluentes e sua facilidade de cultivo. Desta forma, o presente trabalho buscou implementar a reprodução de D. rerio em laboratório e a produção de ovos para ensaios ecotoxicológicos. Para o cultivo do D. rerio foram utilizados dois aquários de polipropileno, preenchidos com água de cultivo reconstituída de água de torneira, preparada segundo a NBR 15499 (ABNT, 2016), em um recipiente de 50 L, contendo 25 L de água da rede de abastecimento e 12,5 L de água destilada e mantida em aeração durante 48 horas antes de seu uso para remoção do cloro. A água de cultivo foi mantida em aeração constante e a sua dureza foi mantida entre 10 mg de CaCO3 e 60 mg de CaCO3. O pH da água foi mantido entre 6,5 e 7,5, sendo corrigido sempre que necessário. As trocas de água do aquário foram realizadas diariamente, visando remover dejetos e restos alimentares que pudessem prejudicar a qualidade da mesma. O aquário utilizado para reprodução (berçário) foi preparado com uma tela suspensa cerca de 2 a 3 cm do fundo, com orifícios de aproximadamente 3 mm de diâmetro, para impedir uma possível predação dos ovos pelos peixes, sem causar danos aos mesmos durante a desova. Uma vez ocorrida a fecundação, os ovos foram analisados no período de 24h, 48h, 72h e 96h em lupas e microscópio quanto à: 1) coagulação do embrião (mortalidade); 2) ausência na formação de somitos; 3) não desprendimento da cauda e 4) ausência de batimentos cardíacos, sendo estas características preconizadas na norma OECD 236 (OECD, 2013). O experimento passou por dois pilotos antes de ser interrompido pela pandemia de COVID-19, conseguindo-se obter 148 ovos no segundo piloto, dos quais 117 apresentaram-se viáveis 48h pós-desova. As 72h pós-desova, foi identificado 1 embrião com má-formação de somitos e 1 coagulado. Após 96h, a maior parte dos ovos já havia eclodido e, em sub-amostragem contendo 40 embriões, variando entre ovos e larvas, nenhum dos indivíduos apresentou qualquer outra anormalidade. Os testes ecotoxicológicos, etapa final do estudo, não puderam ser realizados em decorrência da paralisação causada pela pandemia da COVID-19. Entretanto, os resultados mostraram-se inicialmente satisfatórios para tanto, sendo meta da equipe de pesquisa finaliza-lo pós pandemia.

  • Palavras-chave
  • Danio rerio, Reprodução, Ecotoxicologia Aquática, Embriões.
  • Área Temática
  • Ciências Biológicas
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